O Bahia saiu em vantagem na decisão do Campeonato Baiano ao vencer o Vitória por 2 a 0, neste domingo (16), na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. Os gols do triunfo tricolor foram marcados por Gabriel Xavier e Erick Pulga, mas a equipe ainda desperdiçou a chance de ampliar o placar com um pênalti perdido por Lucho Rodríguez no segundo tempo.
Apesar do erro na penalidade, o técnico Rogério Ceni destacou os pontos positivos da atuação do time e evitou lamentações.
“Não penso nesse viés. Eu penso em tudo de bom que produzimos hoje e nos dois gols que nós fizemos. Vamos nos apegar às coisas boas e nas coisas que aconteceram de maneira positiva. Perder pênalti faz parte do jogo”, afirmou.
A ausência de Ademir, titular absoluto da equipe, também foi sentida. Sem o atacante, Cauly foi escalado no meio, enquanto Santi Arias assumiu algumas das funções do camisa 7 pelo lado direito.
“O Ademir não reuniu condições suficientes para estar hoje entre os jogadores que iam jogar, nem para entrar no jogo. Esperamo tê-lo no jogo da volta. Ele correu muito no jogo passado, cansou demais. O Cauly só muda a característica. A gente usou o Arias fazendo muito essa função e o Cauly não é um ponta, é um jogador que vem um pouco mais para dentro. No próximo jogo vamos analisar o que é melhor para jogarmos. Vale destacar a melhora do time com a entrada dos cinco jogadores (do banco). Entraram muito bem no jogo e retomaram o ritmo e o nível quando tudo tinha começado a cair”, explicou Ceni.
No segundo tempo, o Bahia sofreu uma queda de rendimento, algo que o treinador atribuiu ao impacto psicológico do pênalti perdido, ao desgaste da Libertadores, após a partida da última quinta-feira (13), e à qualidade do adversário.
“Acho que tem o impacto psicológico do pênalti perdido. Normalmente você tem a “murchar” um pouco depois desse momento. Tem a ver com o cansaço de ter tido apenas ’60 e poucas’ horas pra se recuperar. Também tem a ver com o fato de que no outro lado enfrentamos um time de Série A – com qualidade. São três fatores onde um segue o outro. Acabamos sendo um time mais de transição do que normalmente é no segundo tempo. Foram muitas bolas longas e tivemos boas outras bem jogadas em linha de fundo. Não fomos tão felizes na saída de jogo hoje, o que foge um pouco do nosso padrão. Tentamos nos adaptar para o que entendíamos que o jogo pedia”, avaliou.
Agora, o Bahia se prepara para a decisão no próximo domingo (23), no Barradão. Antes disso, a equipe enfrenta o CSA, na quarta-feira (20), pela Copa do Nordeste.