A menos de dez dias para o início dos Jogos Olímpicos de Paris, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) dá a largada para a etapa Territorial do Jogos Escolares da Bahia (JEB) 2024. Nesta terça-feira (16), estudantes das redes municipais, estadual e privada, na faixa etária entre 12 e 17 anos, começaram a competir em diferentes modalidades, visando a classificação para as etapas finais Estadual e Nacional, que acontecem em agosto e setembro. As etapas dos jogos por Núcleos Territoriais de Educação (NTEs) estão disponíveis no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br).
O esporte educacional integra a gestão de aprendizagem da SEC como modelo estruturante e estratégico, difundindo valores e conceitos, durante todo o ano letivo, não apenas com a prática esportiva, mas também com a inclusão, a cooperação, a integração e o fortalecimento da cultura da paz que mobilizam e unem as comunidades escolares.
No NTE do Piemonte da Diamantina II, por exemplo, 13 unidades estaduais dos municípios de Jacobina, Caem, Miguel Calmon, Mirangaba, Ourolândia, Saúde, Serrolândia, Umburanas e Várzea Nova buscam uma vaga para a Etapa Interterritorial, nas modalidades de handball, futsal, basquete, voleibol, vôlei de praia, futebol de campo, atletismo, xadrez, ciclismo e tênis de mesa. As competições que estão sendo realizadas no território acontecem até esta sexta-feira (19), em Jacobina, no ginásio, no estádio municipal, nos clubes XV de Novembro e SESC e nas dependências do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da Bahia (IFBA) do Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte da Diamantina II (Cetep), bem como no Colégio Municipal de Jacobina (Comuja).
Para a professora de Educação Física do Colégio Estadual Arnaldo Oliveira – Tempo Integral, Thaís Duboc, os Jogos Escolares vão além do fomento e fortalecimento da cultura corporal. “Estimulam o trabalho em equipe, a disciplina e a superação de desafios entre os estudantes, além de proporcionar uma vivência lúdica e o desenvolvimento de habilidades cognitivas e emocionais dos alunos”, declara a educadora do município de Caem, que está acompanhando, em Jacobina, 48 estudantes.
A estudante Gisela da Silva Santos, 17 anos, avalia os jogos como uma dinâmica importante tanto para a qualificação esportiva dos colegas que queiram se dedicar a alguma modalidade, quanto para a criação de laços entre os estudantes. “O esporte promove a saúde física e mental, além de colaborar com o sentido de coletividade. Participar dos jogos escolares é também uma oportunidade de conhecer pessoas de outros lugares e realidades, é um momento de integração”.
Etapa Interterritorial- Entre os dias 1° e 24 de agosto, as equipes vencedoras das etapas territoriais participarão das competições interterritoriais, que estão divididas em seis grupos. O grupo 1, em Barreiras, reúne as equipes classificadas nos NTEs da Bacia do Rio Grande, Bacia do Rio Corrente, Velho Chico, Chapada Diamantina, Bacia do Paramirim e Sertão Produtivo. No grupo 2, de Juazeiro, vão concorrer a vagas os alunos dos territórios de Irecê, Sertão do São Francisco, Piemonte da Diamantina II, Itaparica e Piemonte Norte do Itapicuru. Pelo grupo 3, vão competir os núcleos do Litoral Sul, Extremo Sul, Sudoeste, Médio Sudoeste da Bahia e Costa do Descobrimento. No grupo 4, se reúnem os estudantes dos NTE do Baixo Sul, Vale do Jiquiriçá, Piemonte do Paraguaçu, Recôncavo e Médio Rio de Contas. Já os alunos dos territórios do Sisal, Bacia do Jacuípe, Semiárido Nordete II, Litoral Norte e Agreste Baiano e Portal do Sertão foram agrupados e vão competir entre si, formando o grupo 5. O último é o grupo 6, que reúne os atletas de Salvador e Região Metropolitana (RMS).
Objetivos
Realizar uma ação de participação e integração de estudantes da educação básica da Bahia, em uma experiência fomentadora de valores, como respeito à diversidade e cooperação, bem como socializadora da diversidade cultural, advinda dos Territórios de Identidade que compõem o nosso Estado, contribuindo para o processo formativo desses estudantes e a difusão da cultura esportiva com bases no sistema educacional. |
Legislação e Princípios
Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996 – LDB – dispõe da obrigatoriedade do ensino da disciplina de Educação Física no currículo da Educação Básica em consonância ao Projeto Político Pedagógico.
Lei 10.639/03 e a Lei nº 11.645/08 – Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica, e a Lei nº 11.645/08, que ao lado desta temática inclui também a questão indígena como componente curricular obrigatório.
Princípios do movimento Todos pela Escola – valorizar a corporalidade, o lúdico, os esportes, enfim, a cultura corporal na formação humana, como constituinte de uma Educação com qualidade.
Projeto de Capoeira na Escola – Patrimônio de Todos Nós – é o documento que norteará o trabalho com a Capoeira na rede pública de ensino.
Projeto + Esporte Bahia
Objetivo geral : Desenvolver experiências práticas em modalidades de lutas para ampliação do tempo na escola afim de fortalecer a cultura corporal e melhoria das aprendizagens dos estudantes da Rede.
Objetivos específicos:
• Ampliar as possibilidades de intervenção pedagógica do professor de Educação Física;
• Realizar oficinas educativas com a prática de lutas para ampliação da jornada escolar;
• Fortalecimento dos objetivos do Programa Educa Mais Bahia;
• Aprimorar o processo de aprendizagem, melhorando os indicadores educacionais do Estado Bahia;
• Ensinar técnicas de ataque e defesa de modalidades de lutas;
• Desenvolver nos estudantes respeito ao seu corpo e ao próximo;
• Ter acesso à aspectos culturais e filosóficos das modalidades de luta;
• Estimular o protagonismo estudantil;
• Fomentar o projeto de vida das juventudes;
• Garantir a segurança alimentar e social às famílias e estudantes.
Modalidades
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Atletismo
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Baleado
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Basquetebol
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Capoeira
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Futebol
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Futebol travinha
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Futsal
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GR
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Handebol
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Judô
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Voleibol
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Xadrez
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EXPERIÊNCIAS INOVADORAS – consistem na realização de propostas de experiências de superação de problemáticas que têm envolvido o esporte escolar e outros conhecimentos da cultura corporal, inovando com práticas pedagógicas que contemplem a diversidade, a questão de gênero, as especificidades do Território de Identidade, o estudante com deficiência, dentre outras. Portanto, jogos abertos às experiências regionais, considerando professor e educando como participantes da constante recriação da proposta.