A cidade de Alagoinhas, onde está implantada a Ardagh Metal Packing Brasil, que fabrica latas e tampas de alumínio para bebidas, será agraciada com investimentos da multinacional na área de Educação. Ao todo, a empresa investirá, ao longo dos próximos 10 anos, R$ 25 milhões através da iniciativa “Ardagh para a Educação”.
O projeto visa ajudar professores da rede pública de ensino a transmitirem conhecimentos de robótica, ciência, tecnologia, engenharia e matemática para alunos de cidades onde a companhia mantém fábricas. Além da cidade baiana, o investimento será direcionado a docentes de escolas em Manaus e na cidade de Jacareí, no interior de São Paulo.
A ideia é que, até 2033, 2,5 mil professores sejam preparados e 200 mil alunos sejam alcançados. “O projeto está conectado com as competências do século XXI e em trazer para as crianças e adolescentes habilidades de um pensamento mais analítico desde a primeira série do ensino fundamental”, disse Elisangela Matos, diretora de Sustentabilidade da multinacional, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
O primeiro passo do projeto será dado já neste mês de agosto, observando as condições de infraestrutura das escolas nos três municípios. O objetivo deste processo é identificar o que será necessário em termos de apoio para as salas de aula.
Além da doação de equipamentos, a Ardagh já está em contato com as secretarias de Educação das cidades, alinhando a autorização para os professores incorporarem o que vão aprender nas aulas da rede pública. Nesta primeira fase, também começará a seleção dos docentes, que podem dar aulas a qualquer ano do ensino fundamental.
No processo, executado em parceria com o Sesi (Serviço Social da Indústria), 450 deles ainda serão selecionados para uma pós-graduação desenvolvida pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que será aplicada no Brasil junto com o Instituto Canoa.
“Estamos investindo no futuro da mão de obra para a Ardagh e também para a indústria brasileira, pois a intenção é beneficiar um número maior de pessoas do que vamos conseguir absorver”, explica Matos, que, ao lado do Sesi, pretende desenvolver métricas de avaliação dos alunos impactados pelo programa, garantindo o efeito desejado na preparação deles para o mercado de trabalho no longo prazo.